Estávamos no final do primeiro trimestre de 2025. Foi quando partimos à descoberta da ILHA DE CHIPRE - e foram 8 dias deliciosos entre 24 a 31 de março 2025
CHIPRE – A ILHA DE AFRODITE
Deste passado turbulento, resultou um conjunto impressionante de tesouros culturais, desde os castelos dos cruzados à sepultura da tia de Maomé.
Após independência, surgiram conflitos entre gregos e turcos pela posse do território e, em consequência, a ilha hoje encontra-se dividida entre essas comunidades, o que inclui a capital, Nicósia. A norte, os turcos estabeleceram a REPÚBLICA DE CHIPRE DO NORTE (de maioria islâmica), não reconhecida internacionalmente. Os Gregos cipriotas seguem de forma predominante a religião cristã ortodoxa.
Uma linha divisória, chamada de linha verde foi
estabelecida em 1964 ainda controlada pela ONU.
Na verdade CHIPRE é um país dividido em 3, pois os Britânicos ainda aí mantêm 2 bases aéreas.
Lefkara é conhecida por sua arquitetura - ruas estreitas, piso de paralelepípedos,
casas de pedra de dois pisos com varandas de ferro forjado sempre floridas
Portas altas de madeira com vidros rendilhados
Esplanadas, bares e tabernas tradicionais - que servem
uma variedade de pratos locais deliciosos, especialmente o famoso
"Lefkaritiko tava" (cordeiro assado com batatas).
Prosseguimos a viagem da manhã até ao assentamento neolítico de CHOIROKOITIA que devido à sua importância faz parte do Património Mundial da UNESCO desde 1998.
Este assentamento
neolítico foi ocupado do sétimo milénio a.C. ao quarto milénio a.C.,
quando foi abandonado. Apenas uma parte do local foi
escavada, mas os vestígios e os achados
das escavações lançaram uma luz na evolução da sociedade humana nesta região.
Foram reconstruídas cinco habitações de formato cilíndrico, perto do assentamento equipadas com réplicas de utensílios domésticos encontrados dentro das habitações originais (ferramentas de sílex, de osso, vasos de pedra, restos vegetais e animais) As casas pertenciam aos vivos, bem como aos mortos, que eram enterrados em covas sob o piso de terra batida. Estatuetas antropomórficas em pedra apontam também para rituais funerários e para a existência de crenças elaboradas.
Após almoço, regressamos a Lárnaca para visita à cidade. É espetacular a Igreja de São Lazaro, construida pelo Imperador Leo VI, no séc. IX uma igreja ortodoxa que se diz ter sido edificada sobre as ruínas do túmulo de São Lázaro.
3º dia de viagem - entrámos no distrito de Limassol para conhecer a cidade com o mesmo nome, o castelo Kolossi, Kourion e Omodos.
Limassol surpreendeu-nos po ser uma cidade fresca, moderna com edifícios lindíssimos
Entrámos na igreja de AGIA NAPA, dedicada a Virgem Maria, um templo com raízes que remontam ao século XIII, quando foi construída originalmente como uma modesta capela. Após grandes transformações ao longo dos séculos, hoje, é o resultado de um projecto construído poucos anos após o fim do domínio otomano (1891) marcando uma nova era no desenvolvimento da cidade.
Continuámos viagem até ao FORTE de LIMASSOL que Ricardo Coração de Leão, de Inglaterra conquistou duranta a III cruzada. O centro histórico está ao redor do Castelo Medieval onde, de acordo com a tradição, Ricardo casou-se com Berengaria de Navarra e a coroou Rainha da Inglaterra em 1191.
Hoje, é um museu que abriga peças que refletem a história da ilha, a vida económica, religiosa, militar e muitos aspetos da vida quotidiana dos sec. III ao XVIII d.c.. (armas, armaduras, ferramentas, cerâmica vidrada e utilitária bizantina, medieval e islâmica, bronze e vidro etc.)
Prosseguimos até ao CASTELO de KOLOSSI, antiga fortaleza dos cruzados, fortaleza que testemunha a capacidade militar dos seus construtores medievais. Durante algum tempo, foi um forte de piratas Cavaleiros da Ordem de São João, e estava rodeado de vinhas, a partir das quais faziam o famoso vinho doce conhecido há séculos por “Commandaria” em homenagem à grande Comenda dos Templários ali instalados – produzido na região há milénios.
Continuamos até KOURION(Curium) sobranceiro ao Mediterrâneo é considerado o local antigo com a mais bela localização de Chipre, já que se encontra localizado no cimo de um penhasco com uma impressionante envolvência. Foi uma importante cidade-estado da Grécia Antiga e atingiu o seu apogeu na época romana de que restam muitos vestígios arqueológicos. Atualmente é um dos mais importantes e maiores sítios arqueológicos de Chipre.
O grande estádio (localizado numa colina, foi descoberto por arqueólogos em 1939 e podia acolher até 6.000 espectadores, deixando de ser utilizado como tal, depois de Kourion ter sido abandonada no século V d.C.)
E aqui, o nosso amigo Manuel Carvalho homenagiou-nos cantando o fado bem Português. (Lisboa, menima e moça... )
E chegámos às ruinas do SANTUÁRIO DE APOLO
É um dos principais vestígios da antiga cidade de KOURION
O templo era um local de culto para Apolo, uma importante divindade na mitologia grega e romana
Ruinas do antigo “Banho Termal”E nada melhor do que ir provar os vinhos da região
E todos provámos, provámos, provámos....e até soube a pouco.
Após KOURION, seguimos até OMODOS para almoço e visita ao Mosteiro de Santa Cruz.
Vale a pena ver as estreitas ruas de Omodos e apreciar a arquitetura da pitoresca vila. Quase todas as construções são feitas de pedras, desde as vielas até as tradicionais casas, cheias de vida com portas de madeiras, janelas coloridas, varandas com flores, esplanadas e muito artesanato.
A Igreja de Santa Cruz (ou Mosteiro Ortodoxo da Santa Cruz, também conhecido como Timios Stavros) em Omodos, é um mosteiro histórico de grande importância cultural e religiosa. É um dos mais antigos e históricos de Chipre, fundado antes de 327 DC.
No interior do mosteiro, diz-se que há um pedaço de corda que era suposto ter sido o lugar onde as mãos de Jesus Cristo foram pregadas à cruz.
E há sempre umas recordações a levar...
4º dia de viagem – Hoje fomos até à Capital - NICOSIA
Como toda a ilha, desde 1974 que a capital de Nicósia foi partilhada entre cipriotas gregos a sul, e cipriotas turcos a norte. Entrámos na parte sul (sede do governo bem como o principal centro de negócios) onde, entre edifícios altos e moderníssimos,
podemos passear pela Nicósia Histórica, fundada desde no século VI a. C. - hoje uma cidade de contrastes e riqueza histórica, um local encantador de ruas labirínticas e estreitas que remontam ao período otomano, onde entre mercados onde o aroma de especiarias exóticas paira no ar, cafés e esplanadas animadas, igrejas ortodoxas que se misturam com mesquitas otomanas, refletem a diversidade cultural da cidade.
Entrámos no Museu de Chipre onde encontrámos uma vasta coleção de artefatos cipriotas, incluindo achados arqueológicos e arte medieval.
E entrámos na Catedral de São João, uma das maiores igrejas góticas do Chipre, construída no século XIV no local da Abadia Beneditina de São João Teólogo. Quando, os beneditinos deixaram a ilha em 1426, e o mosteiro foi passado para os ortodoxos. No entanto, o mosteiro manteve sua dedicação a São João Teólogo.
Estávamos aprestes a atravessar a fronteira para entrar na parte Turca.
e passamoa a fronteira
já em domínio Turco.
Prosseguimos viagem na zona turca até BELLAPAIS para visitar a Abadia, contruída em 1200 pela Ordem de Santo Agostinho. É considerada uma das mais espetaculares peças de arquitetura gótica de Chipre.
Após o almoço e compras, e atravessando um jardim que integra um cemitério muçulmano, partimos para a zona portuária – KYRENIA – uma costa portuária defendida por uma fortaleza medievel veneziana.
Uma pausa para CaféOnde vamos descobrir igrejas guardiãs de tesouros de arte religiosa bizantina e de alguns dos mais belos frescos do Mundo, que fazem parte do Património Mundial da Unesco
A primeira paragem vai ser na vila de Kalopanagiotis. Aí apreciamos o esplenderoso panorama da serra e, após uma descida de elevador até ao vale, vamos conhecer o Mosteiro de Saint John Lambadistes.
A anterior capela de Agios Ioannis Lampadistes foi reconstruida no século XVII ou XVIII sob o domínio otomano funcionando como mosteiro até ao séc. XIX. Após domínio Otomano funciona como igreja.
E, subindo as montanhas, chegámos ao Mosteiro de Kykkos. É um dos mosteiros mais ricos e conhecidos de Chipre. Foi fundado por volta do final do século XI. Não há vestígios do mosteiro original, pois foi queimado muitas vezes. O primeiro presidente de Chipre , o arcebispo Makarios III, começou sua carreira eclesiástica lá como monge em 1926.
Neste dia tivemos um almoço especial
Festejámos o aniversário do António Vitorino, que foi professor na Cooperativa Saudação.
E, ainda dentro das montanhas, seguimos para o Mosteiro
bizantino NIKOLAOS TIS STEGIS, fundado no século XI.
6º dia de viagem – dedicado à região de PAPHAOS (PAFOS)
Começámos por para Petra Tou Roumiou, onde segundo a lenda cipriota, Afrodite que terá nascido da espuma do mar, foi levada para terra numa concha e aqui aportou. (Esta cena mitológica foi pintada por variados artistas ao longo dos séculos)
Prosseguimos para KOUKLIA para visita do Santuário de Afrodite, datado do século XII.
Entramos no Museu local (Palaipafos-Kouklia)
Uma “ Baetyl”, uma pedra sagrada vulcânica verde-escura,
considerada o símbolo de culto de Afrodite (Vênus), no santuário de Palaipafos,
na ilha de Chipre.
Para preservar os belos pisos de mosaico, foram construidos caminhos elevados acima deles, permitindo a visualização.
A Casa de Dionísio, Património Mundial da UNESCO é um
edifício de tipo greco-romano onde os quartos se dispunham em torno de uma
praça central que servia de núcleo à casa. Parece ter sido construída no final
do século II dC. e foi destruída e abandonada após os terramotos do século IV
dC.
Ocupa uma área de 2.000 metros quadrados dos quais 556
são cobertos com pisos de mosaico decorados com cenas mitológicas e caça.
Seguimos de imediato até ao Porto Marítimo de Pafos - bastante pitoresco com passeios agradáveis à beira mar.
Após almoço fomos conhecer o TÚMULO DOS REIS, uma necrópole na costa norte da cidade de Pafos Património Mundial da UNESCO.
Apesar do nome, os Túmulos, escavados nas rochas, não foram construídos para reis mas sim para
a elite do período helenístico e romano que aqui foram enterrados com uma
quantidade substancial de joias e objetos pessoais. Pensa-se que foram usados
até ao século IV, possivelmente, até mesmo pelos primeiros cristãos. A
arquitectura destas estruturas ainda é bastante impressionante, algumas estão
bem preservadas e parecem-se mais com casas do que com túmulos com colunas,
átrios e pórticos. Infelizmente, muito pouco dos frescos que os adornavam
conseguiram sobreviver à passagem do tempo, mas ainda se conseguem ver alguns
fragmentos.
Como muitos outros lugares deste tipo, os Túmulos dos Reis foram danificados e sujeitos a saques mas ainda mantêm grande esplendor e grandiosidade.
Faltava-nos conhecer o Teatro Romano. Foi para onde nos encaminhamos
O Teatro Romano de Salamina é um dos maiores e mais importantes monumentos desta antiga cidade, com a sua fundação provavelmente ligada ao período do Imperador Augusto e com capacidade para cerca de 15.000 espectadores. Este teatro, um dos maiores de Chipre, era utilizado para espetáculos e era um centro cultural e de entretenimento da antiga cidade
Partimos depois para a cidade de FAMAGUSTA com visita ao centro histórico.
Atualmente sob o domínio da República Turca Norte de
Chipre Famagusta é famosa pela muralha
que circunda a parte antiga da cidade,
uma belíssima construção do período veneziano.
A exemplificar a sua herança medieval registamos a cidade
amuralhada e a TORRE DE OTELO (Castelo histórico construído no século XIV para
proteger o porto local. Acredita-se que tenha sido a inspiração para a peça
"Otelo" de Shakespeare),
E foi junto às muralhas que tirámos a fotografia de grupo
No coração da cidade está a Igreja de São Nicolau que fomos conhecer
Era a Catedral católica de São Nicolau, um edifício
gótico medieval, e serviu como local de coroação para os reis de Chipre.
Convertida em mesquita depois da invasão pelos turcos otomanos (1570) é agora conhecida como Mesquita Lala Mustafa Pasha. O edifício, tendo sido um importante local religioso e político durante o período medieval é um notável exemplo da arquitetura gótica na cidade
Já perto da fronteira, ainda no distrito de Famagusta,
entrámos numa zona “Fantasma” que muito nos surpreendeu. É a cidade de Varosha.
Desde os anos 70
que Varosha é uma cidade fantasma, pois a população evacuou o local
durante a guerra contra os turcos. As construções estão abandonadas há mais de
cinquenta anos, portanto a cidade está
ficando arruinada.
Em Varosha, o tempo parou em 1974. Quando a Turquia invadiu o Chipre os moradores fugiram em massa deste local turisto de Famagusta, conhecido pela areias branca e águas mornas. Décadas depois, ficaram os hoteis em ruinas à beira-mar destruidos pela guerra. O local continua a ser fortemente vigiado pelo exército Turco.
Cruzámos a fronteira e pouco depois parámos no Parque Nacinal CABO GREGO, para ver a envolvência..
Uma pequena capela ortodoxa, mereceu-nos uma visita
É caracterizado por um litoral acidentado e falésias que oferecem vistas deslumbrantes do mar azul profundo. Podem-se caminhar nas trilhas numa envolvencia diversicada em espécies de flores silvestres ou, explorar grutas e cavernas marinhas, muitas das quais são acessíveis a partir do mar
Não estávamos longe das horas do almoço
A acabar o dia, tivemos o nosso jantar de despedida
Os grupos VIP’s escrevem nas paredes
8º dia de viagem - Na manhã de regresso a Lisboa, o adeus à praia, à piscina e ao Chipre, que muito gostámos de conhecer.
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